Quando chega o mês de dezembro, o pobre do Noel sofre. Todos colocam nele, a culpa de tirar das crianças o verdadeiro sentido do Natal.
Posso provar que a culpa nunca foi dele.
Hoje sou Padre, tenho 25 anos e, na minha infância, acreditava no bom velhinho. Minha família sempre fez (e ainda faz) a brincadeira do Papai Noel com as crianças, e a minha alegria era encontrar, no dia seguinte, os primos e amigos para ver o que eles tinham recebido. Quando ganhei um teclado que fazia “ya ya ô”, passei o dia nas nuvens, de tanta felicidade. Era bom, era divertido, mas todos sabíamos que o centro do Natal era Jesus, porque crescemos vendo nossas avós e tias montando presépio e rezando as novenas. O Natal era uma espécie de refeição, onde o prato principal era o Cristo, e Papai Noel uma espécie de sobremesa para os pequenos.
Se hoje as crianças não conhecem Jesus, o problema não está na figura mitológica, mas nos seus pais biológicos que não falam de Deus. Se eu fosse um pai no sentido próprio da palavra, meus filhos iriam sim, passar pela mesma experiência divertida do Papai Noel, sem nenhum problema. E ainda garanto que eles saberiam quem é o dono da festa, pois além de montar o presépio em casa, eles iriam participar da Missa TODOS OS DOMINGOS, comigo e com a mãe.
Digo e repito: o problema não está no Papai Noel, mas em outro papai, aquele que não ensina seu filho a rezar.
Texto: Padre Gabriel Vila Verde
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Deus te abençoe!